Teria um minuto para ouvir a palavra de Cthulhu?
Alguém aqui conhece o vasto universo lovecraftiano?
(Essa palavra nem existe, inventei agora. XD)
Howard Philips Lovecraft é um autor norte-americano nascido em 20 de agosto de 1890.
Ele foi revolucionário no gênero de terror na literatura, criando os chamados Mitos de Cthulhu, contos baseados na existência de entidades cósmicas extradimensionais mais antigas que qualquer vida consciente na Terra, que teriam visitado nosso planeta e sido adorados por hominídeos e povos primitivos, depois entrado em estado de repouso similar à morte ou voltado à sua dimensão de origem; entretanto, seu culto permanece vivo e oculto, aguardando as configurações cósmicas que possibilitem sua invocação para que novamente mergulhem a raça humana em um caos orgiático de luxúria, sangue e morte em sua adoração. Essa perspectiva se aplica a praticamente toda a obra de Lovecraft, além do onipresente Necronomicon, escrito pelo insano árabe Abdul Alhazred, presente ou mencionado em quase toda sua literatura.
O livro mais famoso é O Chamado de Cthulhu, que mostra a exploração do culto por um professor e é narrado em 1ª pessoa, onde podemos vislumbrar sua passagem pelo ceticismo inicial, mergulhando em "coincidências" e descobertas aterradoras e por fim, o horror no perigo que espreita a humanidade em quase total desconhecimento. A importância de Cthulhu é justamente por ele ser um aparentado inferior das temidas entidades, uma espécie de sacerdote, e seu despertar de sua morada em R'lyeh (Ph'nglui mglw'nafh Cthulhu R'lyeh wgah'nagl fhtagn) representa a proximidade do fim da humanidade enquanto seres racionais, sendo convertidos em meros escravos de prazeres insanos, já que Cthulhu é o responsável pela invocação daqueles que morreram, mas que viveriam novamente quando os astros mais uma vez estivessem alinhados na posição correta.
Esse é o resumo de todo o contexto envolvendo quase qualquer conto de Lovecraft, mas com diferentes enfoques e nunca caindo na mesmice, além de render umas boas noites mal dormidas pensando "e se...?". O timing perfeito para sempre garantir que o terror esteja presente é que ele não descreve com detalhes as criaturas, apenas sugere as características e o resto é por conta do leitor, que vai mentalizando conforme aquilo que lhe dá medo e o resultado sempre é o monstro que protagonizaria seus pesadelos, de forma que nem mesmo as fanarts de artistas diferentes saem similares entre si.
Um ponto bastante negativo é: H.P Lovecraft era extremamente racista. Isso fica óbvio na forma como o culto dos Grandes Magníficos está sempre ligado a povos "intelectual, cultural e civilizadamente inferiores", classificação dada a qualquer povo não ariano, branco e de olhos claros, e os sábios que descobrem toda essa abominação sempre são eruditos solitários e brancos. A perspectiva da obra é de que negros, indígenas, mestiços e asiáticos são degenerados suscetíveis às promessas de depravação oferecidas pelos Grandes Antigos, eles mesmos insanos e luxuriosos, de forma que seria mais fácil para esses povos serem como eles. Mas, considerando o contexto de que o autor nasceu e viveu em um estado de colonização e influência britânica (Nova Inglaterra) fortíssimas e mal saiu do lugar onde nasceu, onde a visão anglocêntrica (e racista) era muito forte, podemos ver que infelizmente não era um caso isolado.
Enfim, para não detalhar mais e acabar soltando uns spoilers aqui, vou deixar por conta dos interessados procurar esse mito do terror, que inclusive influenciou o escritor Stephen King (It, Carrie, a Estranha) e várias bandas conhecidas de metal, como Black Sabbath (Beyond The Wall Of Sleep) e Metallica (The Call of Ktulu). Não está morto o que pode eternamente jazer, e após estranhos éons, mesmo a morte pode morrer.
Howard Philips Lovecraft é um autor norte-americano nascido em 20 de agosto de 1890.
Ele foi revolucionário no gênero de terror na literatura, criando os chamados Mitos de Cthulhu, contos baseados na existência de entidades cósmicas extradimensionais mais antigas que qualquer vida consciente na Terra, que teriam visitado nosso planeta e sido adorados por hominídeos e povos primitivos, depois entrado em estado de repouso similar à morte ou voltado à sua dimensão de origem; entretanto, seu culto permanece vivo e oculto, aguardando as configurações cósmicas que possibilitem sua invocação para que novamente mergulhem a raça humana em um caos orgiático de luxúria, sangue e morte em sua adoração. Essa perspectiva se aplica a praticamente toda a obra de Lovecraft, além do onipresente Necronomicon, escrito pelo insano árabe Abdul Alhazred, presente ou mencionado em quase toda sua literatura.
O livro mais famoso é O Chamado de Cthulhu, que mostra a exploração do culto por um professor e é narrado em 1ª pessoa, onde podemos vislumbrar sua passagem pelo ceticismo inicial, mergulhando em "coincidências" e descobertas aterradoras e por fim, o horror no perigo que espreita a humanidade em quase total desconhecimento. A importância de Cthulhu é justamente por ele ser um aparentado inferior das temidas entidades, uma espécie de sacerdote, e seu despertar de sua morada em R'lyeh (Ph'nglui mglw'nafh Cthulhu R'lyeh wgah'nagl fhtagn) representa a proximidade do fim da humanidade enquanto seres racionais, sendo convertidos em meros escravos de prazeres insanos, já que Cthulhu é o responsável pela invocação daqueles que morreram, mas que viveriam novamente quando os astros mais uma vez estivessem alinhados na posição correta.
Esse é o resumo de todo o contexto envolvendo quase qualquer conto de Lovecraft, mas com diferentes enfoques e nunca caindo na mesmice, além de render umas boas noites mal dormidas pensando "e se...?". O timing perfeito para sempre garantir que o terror esteja presente é que ele não descreve com detalhes as criaturas, apenas sugere as características e o resto é por conta do leitor, que vai mentalizando conforme aquilo que lhe dá medo e o resultado sempre é o monstro que protagonizaria seus pesadelos, de forma que nem mesmo as fanarts de artistas diferentes saem similares entre si.
Um ponto bastante negativo é: H.P Lovecraft era extremamente racista. Isso fica óbvio na forma como o culto dos Grandes Magníficos está sempre ligado a povos "intelectual, cultural e civilizadamente inferiores", classificação dada a qualquer povo não ariano, branco e de olhos claros, e os sábios que descobrem toda essa abominação sempre são eruditos solitários e brancos. A perspectiva da obra é de que negros, indígenas, mestiços e asiáticos são degenerados suscetíveis às promessas de depravação oferecidas pelos Grandes Antigos, eles mesmos insanos e luxuriosos, de forma que seria mais fácil para esses povos serem como eles. Mas, considerando o contexto de que o autor nasceu e viveu em um estado de colonização e influência britânica (Nova Inglaterra) fortíssimas e mal saiu do lugar onde nasceu, onde a visão anglocêntrica (e racista) era muito forte, podemos ver que infelizmente não era um caso isolado.
Enfim, para não detalhar mais e acabar soltando uns spoilers aqui, vou deixar por conta dos interessados procurar esse mito do terror, que inclusive influenciou o escritor Stephen King (It, Carrie, a Estranha) e várias bandas conhecidas de metal, como Black Sabbath (Beyond The Wall Of Sleep) e Metallica (The Call of Ktulu). Não está morto o que pode eternamente jazer, e após estranhos éons, mesmo a morte pode morrer.



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